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A PROBLEMÁTICA DO SUICÍDIO

Atualizado: 2 de mar.


O suicídio é um problema de grande complexidade, sendo um fenômeno universal e exclusivo da condição humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019), "o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo. No Brasil, ocupa a quarta posição entre as causas de morte nessa faixa etária" (Ministério da Saúde, 2020).


O sociólogo Émile Durkheim identificou quatro tipos de suicídio:

Egoísta: Ocorre quando há um aumento do individualismo em detrimento do coletivo, ou seja, os interesses pessoais prevalecem sobre os coletivos, resultando em uma sociedade pouco integrada.


Altruísta: Este tipo de suicídio resulta de uma dependência excessiva da sociedade, onde o indivíduo se anula em nome de um bem maior. Ele pode se matar acreditando estar agindo como um herói ou mártir, em nome de algo que considera superior à sua própria existência.


Anômico: Relaciona-se a circunstâncias de desregulamentação e quebra de harmonia. Nesse caso, o indivíduo enfrenta uma desestabilização em sua vida, perdendo a noção de como agir.


Fatalista: Este tipo ocorre devido ao excesso de regulamentação social, que reprime as paixões do indivíduo por meio de uma disciplina opressiva, caracterizada por um excesso de regras e autoritarismo.


Fatores de Risco e Proteção

É fundamental estarmos atentos a alguns fatores de risco e sintomas que podem potencializar o ato do suicídio, como: depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, estresse, isolamento social, uso de substâncias químicas, tristeza excessiva, irritabilidade, agressividade e mudanças nos padrões de sono ou alimentação. Diante desses fatores e/ou sintomas, é crucial buscar ajuda profissional, seja de um psicanalista, psiquiatra ou psicólogo.


Como podemos nos proteger e proteger nossos familiares da possibilidade do suicídio? Existem fatores de proteção que podemos incorporar ao nosso modo de viver, como:

- Manter uma vida social ativa, que é um elemento importante para o bem-estar.

- Ter acesso a serviços e cuidados de saúde mental.

- Participar de atividades culturais e esportivas que promovam o desenvolvimento pessoal.

- Desenvolver a capacidade de resolver problemas, fortalecer a autoestima e estar aberto a novas experiências e projetos de vida.

- Evitar o uso de substâncias nocivas.


Suicídio na Adolescência

Segundo a psicanalista Françoise Dolto, “no Japão, a causa mais importante é, sem dúvida, a angústia dos adolescentes diante do fracasso escolar e da competição no mercado de trabalho”. Em um contexto global, as principais causas que contribuem para o suicídio entre jovens incluem a falta de estabilidade, crises identitárias, o aumento dos divórcios, o uso excessivo de álcool e drogas, além da pressão no ambiente escolar e no mercado de trabalho, que geram competição e frustração.


A partir dessa breve exposição, podemos afirmar que o suicídio é uma preocupação que afeta cada indivíduo e todos os coletivos que representam a comunidade mundial. Suas causas podem ter diversas origens, sendo estruturadas e potencializadas por problemas internos e externos. Contudo, o ato em si é sempre uma experiência interna, cujas motivações podem ser tanto inconscientes quanto conscientes, e são praticamente infinitas.


  

 
 
 

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