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O TRAUMA SEGUNDO SÁNDOR FERENCZI


Sándor Ferenczi foi um importante psicanalista que, embora tenha sido discípulo de Freud, desenvolveu ideias que o tornaram um dos dissidentes do fundador da psicanálise. Ele faz uma releitura do trauma em Freud, enfatizando a relação entre trauma e a "confusão das línguas", onde a linguagem da ternura da criança se choca com a linguagem da paixão do adulto. Essa confusão gera um grande susto na criança, que tenta se comunicar de forma espontânea com a linguagem da ternura, mas é mal interpretada pelo adulto, levando a um contexto de culpa e confusão. Ferenczi também identificou os principais modos de traumatizar uma criança: através do amor forçado ou da falta de amor, por punições físicas insuportáveis e pelo terrorismo do sofrimento. 


Esses traumas podem comprometer o desenvolvimento da criança em várias áreas da vida, como afetiva, social, sexual e profissional, podendo se estender na vida adulta em especial em momentos de conflitos internos e/ou externos. Por isso, a análise, conforme proposta pela escola freudiana e outras escolas, é de fundamental importância para ajudar as pessoas a lidarem com esses traumas da infância, permitindo que elas possam "recordar, repetir e elaborar" suas experiências, buscando um caminho para a cura e o entendimento da sua condição e posição no mundo. A relevância desse tema se mantém até os dias atuais, refletindo questões que ainda permeiam as dinâmicas familiares.


 
 
 

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