SAÚDE MENTAL E AUTOCONHECIMENTO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde “é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. Ou seja, pensar esse conceito a partir de um bem-estar individual e social em sua plenitude, em uma sociedade do consumo que super valoriza o parecer nas redes sociais e despreza o ser, parece ser um grande desafio para o nosso tempo.

A saúde mental é um conceito muito amplo, e está presente praticamente em todos os campos que envolve a condição e o agir humano, seja individual ou social. Dessa forma, podemos dizer que uma pessoa que usufrui de uma condição de saúde mental razoável, tem a capacidade de lidar com desafios, manter relacionamentos saudáveis e contribuir para o seu desenvolvimento e para com aqueles que estão ao seu redor.

Existem alguns fatores que podem contribuir com o estado de saúde mental do indivíduo. A genética por exemplo, a qual pode ser representada por uma estrutura familiar com problemas de saúde mental. O ambiente sociocultural também é um fator muito importante, com suas experiências de vida com sigo mesmo e com o mundo externo, além dos relacionamentos abusivos e suas perdas traumáticas, e o próprio estilo de vida que vai se estabelecendo a partir das contribuições desses fatos internos e externos.

Os problemas mais comuns que aparecem em uma pessoa com um estado de saúde mental fragilizado, é a depressão: que se desvela nos sentimentos de tristeza, desânimo, falta de interesse pela vida entre outro. A ansiedade também é um sintoma bastante presente, o qual transborda um medo do desconhecido, além do transtorno de estresse pós-traumático.

Um dos caminhos para construir uma saúde mental estável é o autoconhecimento, que nada mais é que a capacidade de entender e reconhecer seus próprios pensamentos, sentimentos, valores e comportamentos. Ou seja, é um estado mental que permite ao sujeito usufruir de diversos benefícios como: entender seus próprios sentimentos e necessidades, compreender suas habilidades e seus limites, identificar seus gatilhos e mecanismos de defesa diante dos desafios da vida.

Não podemos esquecer que o autoconhecimento é uma jornada, que fará parte do nascimento até a morte, é um processo contínuo, que exigirá coragem, paciência, honestidade e abertura para as novas possibilidades que as projeções e as contingências da vida lhes apresentarão. Logo, todo esse processo é de grande importância para desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo, e viver uma vida mais autêntica e plena a partir de sua singularidade enquanto sujeito no mundo.